Texto criativo

Comédias para se ler na escola

Título: Coletânia de preciosidades
Livro: Comédias para se Ler na Escola
Luis Fernando Verissimo
Ed. Objetiva. Preço: R$ 19.30. 148 páginas
Série Ver!ssimo
Apresentação e seleção: Ana Maria Machado

A preocupação de inserir a leitura no cotidiano das pessoas é cada vez maior. Essa questão gera discussões e muitas desculpas para não se ler um livro - ora o livro possui um número muito extenso de páginas, não possui gravuras, ora o tema não agrada ou ainda, a capa não é atrativa - mas tais desculpas são injustificáveis, posto que o hábito de ler transforma a mente humana.

Esta inquietação induziu Ana Maria Machado a reler durante meses textos de Luis Fernando Veríssimo, e preparar uma seleção de crônicas capaz de despertar nos estudantes o prazer e a paixão pela leitura. O resultado pode ser conferido em Comédias para se ler na escola.

O livro foi criado no intuito de atingir um público que não está acostumado a ler obras literárias. E como é uma coletânea de textos curtos e de leitura fácil, qualquer um pode ler e se satisfazer com as boas medidas de descontração contidas na obra.

Comédias para se ler na escola começa com a apresentação de Ana Maria Machado, que revela como envolver as pessoas no universo da leitura. Em seqüência apresenta um breve comentário do trabalho de Veríssimo, dos textos pequenos e de como são fabricados, de como são enxutos - cortados sem dó todos os excessos - fica só o precioso e o resto é jogado fora.

Em sua capa, o livro traz o autor sentado em uma cadeira escolar, arremessando um aviãozinho de papel. Possui cores alegres e os textos são organizados de forma a parecer ainda mais atrativos, com letras grandes e um bom espaçamento entre as linhas.

O livro foi divido em seis parte de acordo com o assunto principal, e não são apenas humorísticos já que tratam de reflexões que têm o objetivo de atingir determinada situação através de uma história divertida.

No capítulo "Equívocos", o autor apresenta fatos inusitados e desfechos inesperados pelo leitor, e esse é o grande trunfo de Luis Fernando Veríssimo, porque ele surpreende o leitor quando desvia o texto do curso comum.

Em “Outros tempos”, as crônicas são de certo modo saudosistas, pois são sempre lembranças do autor de uma época que se torna engraçada depois que passamos por ela, a juventude.

“De olho na linguagem” é uma inserção em queixas corriqueiras da gramática e da língua.

“Fábulas” mostra situações do cotidiano pelo lado cômico.

“Falando sério” trás uma seleção de crônicas que expõem os problemas comuns de todo cidadão.

“Exercícios de estilo” fecha com chave de ouro essa obra. O autor brinca com sua facilidade de criar e utiliza outros estilos de texto sem perder a graça e a desenvoltura.

O escritor quando criança.

Erico na casa de Porto Alegre onde o filho mora até hoje.




Veríssimo com seu primeiro grupo de jazz: Renato e seu Sexteto.

Ficção Brasileira Contamporânea (2000-2007) - O Opositor, de Luis Fernando Veríssimo

O Opositor - Luis Fernando Veríssimo.

Ed. Objetiva. Preço: R$ 28,90. 140 páginas.

Luis Fernando Veríssimo é reconhecido por seu humor inteligente e um sólido senso crítico empregados em suas crônicas e romances.

O Opositor trata do dedo polegar. O narrador-personagem, um jornalista de São Paulo, aterrisa em Manaus com a incubência de investigar sobre as ervas alucinógenas, como o chá feito de ayahuasca. Para isso ele conta com a ajuda de uma especialista, Serena.

Mas, ao conhecer um polonês apelidado de Polaco e se tornar ouvinte de suas histórias de suspense, os seus objetivos mudam completamente. Uma rede de intrigas, conspirações, assassinatos, um cientista maluco e uma misteriosa seita italiana que tem como seguidores pessoas com os polegares amputados - cuja ideologia é relacionada ao título do livro - recheiam as páginas de O Opositor.

As Cobras

Porto Alegre, cidade natal de Veríssimo, capital do estado do Rio Grande do Sul, é também a maior região metropolitana do sul do pais, possui mas de 4 milhões de habitantes. A cidade possui 1.42 milhões de habitantes sendo assim a décima mais populosa do Brasil.

Nota Biográfica

Nascido em Porto Alegre, em 26 de setembro de 1936, Luis Fernando Veríssimo, filho do escritor Érico Veríssimo, é um dos maiores escritores da atualidade.

Iniciou sua carreira de jornalista no jornal Zero Hora. Passou por diferentes jornais, chegou na TV Globo escrevendo quadros para o "Planeta dos Macacos" e contribuindo na série "A Comédia da Vida Privada", baseada em seu livro de mesmo título.

Suas crônicas foram publicadas em revistas como Veja, Playboy, Domingo e Cláudia, e jornais como o Zero Hora, Folha de São Paulo, Jornal do Brasil e O Globo.

Por Jaguar: "Veríssimo é uma fábrica de fazer humor. Muito e bom."

"Só acredito naquilo que posso tocar. Não acredito, por exemplo, em Luiza Brunet."
"Com esse negócio de clonagem, já estou me sentindo um disco de vinil."
"Às vezes, a única coisa verdadeira num jornal é a data."